A intuição de Dorothy: cristalógrafa ganhadora do prêmio Nobel

dorothy crowfoot hodgkin

A intuição de Dorothy: cristalógrafa ganhadora do prêmio Nobel trata de uma mulher notável da ciência mundial. Então, Dorothy Mary Crowfoot Hodgkin (1910–1994), tinha uma intuição privilegiada, principalmente para a cristalografia de raios X.

Dessa forma, ela estudou e desvendou a estrutura cristalina de moléculas de interesse químico, bioquímico, biológico, farmacológico e médico. Dentre as suas descobertas estão  pepsina, penicilina, colesterol, vitamina B12, insulina.

Por causa de seu trabalho Dorothy recebeu o Prêmio Nobel da Química em 1964. Assim, ela é a terceira mulher depois de Marie Curie, em 1911, e de Irène Joliot-Curie, em 1935 a ganhar o Prêmio Nobel.

Foi um exemplo de coragem perante a artrite reumatoide que desde cedo a minou. Abraçou as causas da Paz e da igualdade de género.

Uma molécula muito especial

Então, dentre das estruturas químicas que Dorothy desvendou está a insulina. Na época que ela começou a estudar a molécula de inulina era um fetiche para muitos cientistas. Então, poucos anos antes a insulina era recomendada para o tratamento da diabetes. Mas, a verdade é que ainda não se sabia muito sobre a insulina. Ou seja, ainda não se sabia sua estrutura e como funcionava.

Assim, Dorothy conseguiu irradiar no cristal de insulina e obter o um padrão de difração. Graças a isso, ela publicaria seu primeiro artigo sem ajuda de outros cientistas. No artigo, ela comentava que se fosse possível obter uma imagem, também seria possível decifrar a estrutura da insulina. Porque quanto mais complexa a molécula, mais difícil se torna o processo. Dessa forma, milhares de cálculos são necessários para resolver o quebra-cabeça da estrutura cristalina da insulina.

Dorothy deixou claro que era necessário desenvolver novas técnicas analíticas. Seu ponto fraco sempre foi a matemática, mas longe de desistir. Dessa forma, ela criou uma enorme equipe de matemáticos e programadores para trabalhar na estrutura cristalina da insulina.

Assim, a equipe usaram velhas máquinas de cartão perfurado para fazer os cálculos. Um detalhes, a equipe precisou que esperar até que escurecesse e que ninguém estive no prédio para ele alimentarem os velhos computadores com os cartões perfurados.

A grande descoberta

Com um tamanho 4 vezes maior que a vitamina B12, a estrutura cristalina da  penicilina demorou muito tempo para que Dorothy descobrir a sua estrutura cristalina.   Finalmente, 34 anos depois de tirar aquela primeira foto da penicilina, ela conseguiu desvendar o mistério.  Uma conquista que teria sido impossível sem o desenvolvimento da tecnologia e a introdução da computação.  Graças à sua descoberta, foi possível otimizar o hormônio e melhorar o tratamento de milhares de pacientes com diabetes.

A chegada do Nobel

Apesar de todas as suas realizações, Dorothy não havia ganhado o Prêmio Nobel. Então, em 1962, Perutz e Kendrew ganhariam o Prêmio Nobel de Química por seu trabalho em cristalografia. Perutz diria publicamente que tinha vergonha de vencer antes de Dorothy e assim ele escreveu: “… cujas grandes descobertas foram feitas com uma habilidade tão fantástica e uma visão química tão profunda, que precedeu a minha.” 

A partir desse momento, o próprio Perutz pressionou para que Dorothy também alcançasse o reconhecimento, e dois anos depois e após várias rodadas de votação, ela finalmente ganharia o Prêmio Nobel Assim, ela se tornou a terceira mulher a ganhar um Prêmio Nobel de Química, seguindo os passos de Marie Curie e Irene Curie.

Considerações finais

Então, o assunto “A intuição de Dorothy: cristalógrafa ganhadora do prêmio Nobel” foi interessante? Por outro lado, convidamos você acessar os posts sobre mulheres para descobrir mais sobre elas aqui no Clube da Química nos seguintes posts:

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