A façanha do negro James Harris

A façanha do negro James Harris conta a história do afro-americano que participou da descoberta de dois novos elementos químicos. Bom, você ao estudar química descobre a  importância da tabela periódica. Assim, essa tabela que tem um século e meio de existência entra na sua vida sem pedir licença. 

Você tem que entender que a tabela periódica e a química são sobretudo indissociáveis. Ou seja, uma não vive sem a outra e vice-versa. Dessa forma, você acaba tendo que aprender a usar a tabela periódica além de conhecer parte de sua história.

O processo de construção da tabela periódica

Em princípio o grande idealizador da tabela periódica foi o químico russo Dimitri Mendeleev. Para você entender melhor esse processo convidamos você a acessar os posts:

Então, você vai entender que a construção da tabela depende diretamente da descoberta de elemento químico. Ou seja, se você tem um elemento química sua missão é encontrar um local para ele na tabela periódica. Assim, que funciona o preenchimento da tabela periódica.

Dessa forma, grandes cientistas como Lavoisier e Marie Curie fazem parte da história da tabela periódica e, consequentemente, da química. Bom, essa façanha é para poucos. Agora, imagine você para um negro? Assim, como as mulheres os negros não tiveram muitas chances de destaque na ciências. Por isso, este post é uma homenagem ao negro.

Como foi a façanha do negro James Harris

Como falamos para você agora a pouco, muitos químicos estiveram envolvidos no desenvolvimento da tabela periódica. Dentre eles encontramos James Andrew Harris, o primeiro afro-americano que contribuiu para descobrir de dois novos elementos. As descobertas de Harris ocorreram no final dos anos 60. Harris foi um membro essencial da equipe do Lawrence Berkeley Laboratory que descobriu dois novos elementos: 104, rutherfórdio (Rf), detectado em 1964, e o 105, Dúbnio (Db), detectado em 1970.

Um pouco da biografia de James Harris

Harris nasceu em Waco, Texas, em 1932 e foi criado por sua mãe depois que seus pais se divorciaram. Dessa forma, ele deixou Waco para cursar o ensino médio em Oakland, Califórnia, mas retornou ao Texas para estudar ciências no Huston-Tillotson College, em Austin. Depois de se formar em química em 1953 e servir no Exército, ele enfrentou as dificuldades, sobretudo, de encontrar um emprego como cientista negro.

Mas, ele persistiu e conseguiu emprego em 1955 no Tracerlab, um laboratório de pesquisa comercial em Richmond, Califórnia. Cinco anos depois, ele aceitou um cargo no Lawrence Radiation Lab (mais tarde renomeado Lawrence Berkeley Laboratory), uma instalação do Departamento de Energia operado pela Universidade da Califórnia.

Como James Harris descobriu os dois elementos

Lá ele trabalhou na Divisão de Química Nuclear como chefe do Grupo de Produção de Isótopos Pesados. Sua responsabilidade era purificar e preparar os materiais alvo atômicos que seriam bombardeados com carbono (C), nitrogênio (N) ou outros átomos em um acelerador, em um esforço para criar novos elementos. O processo de purificação foi extremamente difícil, e James Harris foi considerado altamente meticuloso na produção de alvos de excelente qualidade.

James Harris era tão respeitado por esse trabalho que seus colegas continuaram dizendo que seu alvo era o melhor já produzido em seu laboratório. Os alvos de Harris permitiram que as descobertas de rutherfórdio e Dúbnio ocorressem. Os dois elementos são superpesados, o que significa que eles contêm mais de 92 prótons em seu núcleo, e são altamente instáveis, radioativamente decaindo tão rapidamente que a forma mais estável de rutherfórdio tem uma meia vida de apenas 1,3 horas.

Após a descoberta, James Harris continuou a trabalhar no Laboratório Lawrence Berkeley, onde era ativo em química de pesquisa nuclear. Ele dedicou muito do seu tempo livre para recrutar e apoiar jovens cientistas e engenheiros negros, muitas vezes visitando universidades em outros estados. Harris até trabalhou com alunos do ensino fundamental, particularmente em comunidades sub-representadas, para estimular seu interesse pela ciência. Esses esforços trouxeram muitos prêmios de organizações cívicas e profissionais, incluindo a Urban League e a National Organisation for the Professional Advancement of Black Chemists e Chemical Engineers.

Considerações finais

Espero que você tenha descoberto a incrível história de James Harris.  Mas caso ainda tenha dúvida, não pense duas vezes junte-se a comunidade do Clube da Química para receber nossas novidades. Assim, conecte-se nas nossas redes sociais:

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Fonte

Insights Acadêmicos da Oxford University Press para o Mundo Pensante

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