Comercializados como pedras preciosas, os diamantes possuem um alto valor agregado. Normalmente, o diamante cristaliza com estrutura cúbica e pode ser sintetizado industrialmente.
Os diamantes são feitos de átomos de carbono alinhados em uma estrutura cristalina particular. Eles são formados há cerca de 150 quilômetros sob a superfície da Terra, cujas pressões atingem vários giga-pascais e as temperaturas da ordem de 1.500 oC. Muitos fatores estão por trás do “nascimento” dessa joia, que é valorizada por sua beleza polida e extrema dureza.
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Uma equipe de cientistas russos e alemães analisaram uma variável que pode influenciar na formação dos diamantes que são os campos elétricos subterrâneos. Os pesquisadores reuniram os ingredientes iniciais necessários para fazer um diamante – carbonato e carbonato-silicato que são semelhantes aos materiais fundidos abundantes no manto da terra.

Eles colocaram esses pós dos compostos em um manto artificial em um equipamento especial e os submeteram a pressões de até 7,5 gigapascais e temperaturas de até 1.600 oC além de campos elétricos produzidos por um eletrodo com voltagem variando de 0,4 a 1,0 volt. Após 40 horas, os diamantes começaram a se formaram quando em um campo elétrico de cerca de 1 volt.
Além dos diamantes, no cátodo também foi formado grafite; ou seja, na parte negativa do campo elétrico. Os diamantes sintéticos obtidos eram pequenos, com diâmetros não maiores que 200 micrômetros, mas eram surpreendentemente semelhantes aos diamantes naturais. Tanto o natural quanto o sintético têm uma forma octaédrica e pequenas quantidades de outros elementos e compostos, incluindo um conteúdo relativamente alto de nitrogênio e inclusões de silicato-carbonato, também conhecidas como “marcas de nascença” ou imperfeições do diamante.
A conclusão dos experimentos sugere que os campos elétricos locais desempenham papel central na formação do diamante no manto da Terra. Todavia, será necessário descobrir qual é a voltagem local durante o derretimento de rochas e fluidos no manto da terra.
Fonte: LiveScience