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Um químico e a restauração de The Plague in Lucca

Pintura Plague in Lucca

Ao apreciar uma obra de arte na maioria das vezes o seu admirador pensa única e exclusivamente na mensagem do artista. Se paramos para pensar em uma obra de arte, um pintor, por exemplo, usou todo o seu conhecimento sobre os pigmentos para colocar sua visão ou mensagem na pintura. Demonstrar sua visão do mundo sempre diferenciou a humanidade dos outros animais, está aí as pinturas rupestres que não me deixam mentir.

Então qual o papel de um químico nessa história?

Para mostrar o papel de químico vamos usar a obra do pintor contemporâneo Lorenzo Viani – The Plague in Lucca. Para a restauração dessa obra, antes foi necessário que um químico fizesse um estudo sobre a obra no intuito de compreender a técnica artística do pintor, além de investigar quais são os aspectos críticos de conservação dessa obra. Pesquisadores do Instituto de Química de Compostos Organometálicos do CNR (Pisa – Itália) aceitaram esse desafio.

Esses pesquisadores usaram técnicas não destrutivas e não invasivas como imagem de multibanda, fluorescência UV e fluorescência de raios X para caracterizar o estado de conservação da superfície da pintura, bem como revelar a natureza dos materiais orgânicos e inorgânicos presentes na pintura. Ele efetuaram análises físico-químicas em diversos pontos da obra:

Os pesquisadores conseguiram identificaram:

A partir dos resultados obtidos no estudo foi possível realizar uma limpeza da superfície da pintura e restaurar toda a pintura baseada nos resultados obtidos pelos pesquisadores. A eficácia da restauração trouxe de volta a beleza da obra do pintor italiano.

 

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Fonte:

The chemical-physical knowledge before the restoration: the case of “The Plague in Lucca”, a masterpiece of Lorenzo Viani (1882–1936) – Heritage Science

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