Tudo sobre a natureza ácida de uma substância

Dr Genilson Pereira Santana

Então, vamos começar esse post com a seguinte pergunta: Até que ponto uma substância deixa de ser ácida ou básica? Bom, pode  até parecer óbvia a resposta mas não é. Em princípio, todos nós  aprendemos ácido é sinal de coisa ruim. Não é mesmo?

O próprio significado da palavra nos leva a pensar dessa forma. Ou seja, ser ácido é que tem odor picante ou sabor acre como o do vinagre, ou então azedo. Dessa forma, com esse significado temos a impressão  ácido é ruim, mesmo.

Por outro lado, os ácidos fazem parte de nossa vida; eles desempenham funções importante no nosso organismo. Por exemplo, temos o ácido salicílico (C₇H₆O₃) que elimina verrugas; ácido ribonucleico que faz parte do nosso DNA e o ácido glicólico (C₂H₄O₃) que é um esfoliante. E por ai vai a lista de ácidos que nos ajuda.

O que é a natureza de um ácido

Para nós entendemos a natureza de um ácido, temos que primeiro entender o que é um ácido na química. A princípio, você vai encontrar algumas teorias que definem os ácidos. As três principais são as teorias de Arrhenius, Brønsted-Lowry e Lewis. Bom, vamos usar a teoria de Arrhenius para facilitar o entendimento da natureza de um ácido.

Em primeiro lugar, temos que entender que para uma substância seja ácida ela tem que liberar íons H+ em solução aquosa. Epa! Então, a natureza de uma substância ácida depende de um solvente? Exatamente, isso que tem ficar claro. Sem um solvente não há como você provar a natureza ácida de uma substância.

Aqui, vamos usar um exemplo que usa a água, pois somente em água uma substância mostra sua natureza ácida. Ou seja, temos que misturar essa substância em água para que os íons H+ sejam liberados. Por isso, nós representamos assim:

HA(aq)  → H+ + A

Observe que nessa reação a natureza ácida da substância aparece, pois os íons H+ aparecem.

É ácido ou não é ácido

Muitas vezes quando o professor faz a seguinte questão: Calcule o valor de pH de uma substância ácida forte com concentração 10-9 mol L-1.

Geralmente, encontrar uma solução para esse problema não é  fácil.  O motivo é que você pensar como na reação acima. Ou seja, ao responder que o valor de pH é 9,0 após você considerar que a concentração do ácido é 10-9 mol L-1. Dessa forma, você usa a fórmula:

pH -log [H+]

Então,

pH -log 10-9 = 9,0

Aí, você vai estufa o peito e diz: Prof. o pH é 9,0. Do outro lado, o professor olha para você e fala. Mas a substância não é um ácido? Aí você vai e pensar é mesmo. Se fosse o ácido clorídrico (ou muriático – HCl) nós teríamos um pH ácido.

Outros exemplos de ácidos forte com esse mesmo cálculo: ácido nítrico (HNO3) que muito usado na laboratórios de química para preparar amostras e realizar sínteses.

Ei, Prof. onde foi que eu errei? Prof. qual a resposta certa então? Bom, a resposta passa por um caso do limite da diluição. Como assim,  essa é uma situação que nós chamamos de limite de diluição. Neste ponto, o equilíbrio da água é importante no valor de pH da solução. Ou seja, a natureza ácida e básica da água determina junto com a substância o pH da solução. Portanto, nesse caso, utilizamos a seguinte equação para calcular o pH: [H+]=Ca + kw/[H+], em que Ca = concentração do ácido e kw  =  10-14.

Quando nós usamos essa equação nós preservamos a natureza ácida da substância.

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