O que um químico faz em um museu

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O que um químico faz em um museu é um post que trata do trabalho que poucos químicos trabalham, mas com grande potencial. Bom, quando se fala em química sempre nos vem a cabeça as reações químicas e o efeito prejudicial de algumas substâncias. Por exemplo, o efeito dos gases estufa, o aquecimento global, entre outros.

Aqui mesmo no ClubedaQuimica tem muitos posts tratando dos efeitos dos “químicos” sobre nossa qualidade de vida. Convido você a descobrir alguns, por exemplo:

Mas quando falamos na Química em outras áreas fica uma dúvida na ar. Dessa forma, vou fazer a seguinte pergunta: Qual a necessidade de um químico em um museu?

O que acontece com as obras de arte ao longo do tempo?

Bom, a evolução da história humana foi registrada em cavernas com as pinturas rupestres; ou seja, nossa pré-história é conhecida por causas da arte.  Por outro lado, a evolução da arte nos permitiu conhecer artistas como Monet, Pablo Picasso, Rembrandt, Van Gogh, De Cavalcante e por ai vão, muitos e muitos artistas.

Os monumentos artísticos fazem parte de nossa história e vida. Porém, com o tempo a exposição à intempéries da atmosferas, essas obras vão se deteriorando e, finalmente, acabam. A história humana perdeu muitos de seus patrimônios por causa da falta de preservação.

Um dos motivos da perda de obras artísticas é o material usado para produzir a própria obra. Por exemplo, no post que publicamos aqui no ClubedaQuimica (Chumbo um elemento muito perigoso e muito usado), Van Gogh usou chumbo (Pb) em sua obras. O chumbo (Pb), além de tóxico, é reativo e para preservar obras com ele é necessário isolá-lo do tempo. Aproveitando que mencionei mais uma vez Van Gogh, te convido a descobrir quais foram os efeitos do chumbo (Pb) sobre sua saúde. Descubra mais neste post.

Então, nós mostramos também como as obras de Van Gogh está se acabando no post Os obras de Van Gogh estão ficando marrom. Além desses dois posts convidamos você a descobrir sobre o efeito das intempéries no post O efeito químico do suor em uma obra de arte.

Agora acredito que você pensou com esses efeitos todos precisamos de um químico em um museu.

Quais as funções de um Químico no museu?

Quando se pensa em um químico o primeiro pensamento que nos vem a cabeça é daquele cientista de chaleco aprisionado em um laboratório. Isso nem sempre é verdade, por exemplo, o químico Eric Breitung trabalha na intersecção entre arte e ciência – literalmente.  Ele é um cientista de conservação do Museu Metropolitano de Arte de Nova York , e em seu trabalho química analítica é uma das ferramentas usadas para preservar obras de arte de valor inestimável. Esse químico,  um amante de arte, é  ex-pesquisador da General Electric cuja função é cuidar da qualidade ambiental do Museu Metropolitano de Nova York.

Só para se ter uma ideia cerca de 60 exposições por ano são exposta no Museu Metropolitano de Nova York, em espaços que variam de 100 a 20.000 pés quadrados.  Para cada exposição são usados elementos de design que contêm produtos químicos que podem ser prejudiciais, dependendo do tipo de exposição de arte. Por exemplo, o ácido acético em um revestimento de tela pode ser seguro para uma exposição de roupas, mas pode corroer a arte metálica. Breitung e sua equipe de três membros estão tentando desenvolver a primeira pedra Rosetta de produtos químicos voláteis que estão em materiais modernos, para que possamos determinar quais níveis são problemáticos para diferentes tipos de arte. Só para se ter uma ideia o laboratório de Breitung está na vanguarda da conservação preventiva no mundo dos museus. 

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