Bom, somente no Brasil a hipertensão arterial (pressão alta) afeta cerca de 31 milhões de pessoas acima dos 18 anos. Dessa forma, a notícias de que a Losartana está sendo recolhida pela ANVISA afeta muitas pessoas que tem pressão alta no pais.
Bom, nós aqui do Clube da Química temos procurado mostrar aos nossos internautas que o sódio (Na) é um dos vilões da pressão alta. Assim, convidamos você a descobrir como o sódio afeta a nossa pressão:
Mas qual o problema de ter hipertensão arterial?
Então, a hipertensão arterial é uma doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Assim, quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 140 por 90 mmHg você já é hipertenso ou melhor tem pressão alta.
Além disso, essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos. Mas, sabe-se que sua incidência é maior na raça negra, aumenta com a idade, é maior entre homens com até 50 anos, entre mulheres acima de 50 anos, em diabéticos.
Em princípio, existem vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial. Por exemplo: fumo; consumo de bebidas alcoólicas; obesidade; estresse; ; níveis altos de colesterol; falta de atividade física; grande consumo de sal.
O problema de consumir muito sal
Estudos de pesquisas mostram que a ingestão elevada de sal ativam mecanismos hormonais e metabólicos que resultam em retenção de água, o que aumenta o tônus vascular e a pressão arterial. Por isso, os excessos de sal devem ser evitados em todos pela população. Mas não devemos esquecer que o cloreto de sódio (NaCl) é necessário para manter o equilíbrio do organismo. As quantidades recomendadas de sódio (Na) podem ser individualizadas de acordo com a presença de comorbidades, mas o consumo máximo recomendado para o hipertenso é de 2 g ao dia (equivalente a 5 sachês de 1 g de sal.
Um pouco de história
Hoje em dia, o sal de cozinha é abundante e barato, mas nem sempre foi assim. Para nossos ancestrais, o sal era um condimento difícil de ser encontrado. Com o passar do tempo, as pessoas aprenderam a encontrar sal e a extraí-lo da terra. Todavia, o processo de obtenção era um trabalho árduo e o sal era escasso. Por causa dessa característica, o sal se tornou uma mercadoria valiosa que era usada como moeda. Na verdade, a palavra salário deriva-se do latim para sal. Talvez por ser raro e caro, o sal carregava certo prestígio e, ainda hoje, um homem de sucesso “vale seu sal” e um homem bom é “o sal da terra”.
Após a Revolução Industrial, o sal ficou barato e abundante. Ele encontrou um papel valioso como conservante de alimentos, e o consumo médio subiu para até 7.000 miligramas (mg) por dia no século XIX. O sal há muito ultrapassou seu uso como conservante, mas nosso anseio por sódio (Na) persiste, com consumo médio diário de 3.436 mg somente na América do Norte. Por causa dessa preferência adquirida, o sal é um grande negócio: a cada ano, o mundo consome cerca de 187 milhões de toneladas, que são extraídas de minas e do mar.
A primeira pessoa a suspeitar que comer sal contribuiria para a hipertensão foi o imperador Huangdi, da China; cerca de 5.000 anos atrás, ele escreveu: “Se muito sal for usado na comida, o pulso endurece“. Cientificamente, uma dieta rica em sódio contribui para a hipertensão data apenas de 1972 quando o Dr. Lewis Dahl apresentou evidências dessa relação. Sua hipótese foi logo questionada e a controvérsia do sódio se agravou desde então.
Por que a ligação entre sódio e pressão arterial gerou tanta polêmica?
Parte da razão decorre da complexidade intrínseca do corpo: o sódio é apenas um de um enorme número de fatores que afetam a pressão arterial – e por toda a sua importância, a pressão arterial é apenas uma das muitas coisas que determinam a saúde vascular. E as complexidades do metabolismo humano são complexas a tal ponto que, por exemplo, potássio (K), cálcio (Ca) e muitos outros nutrientes dietéticos influenciam a pressão arterial.
Desafios adicionais resultam dos métodos que os cientistas usam para estudar a ligação entre dieta e hipertensão. A pressão arterial pode oscilar amplamente de minuto a minuto; se sustentadas, mesmo com pequenas mudanças na pressão arterial podem ter um grande impacto no risco de vida. Além disso, o consumo de sódio pode variar substancialmente de um dia para o outro. Os estudos da história alimentar humana ajudam a entender porque algumas pessoas são mais sensíveis ao sódio (Na) do que outras.
Em princípio, existe um consenso de que a redução do sal na dieta diminuirá a pressão arterial e, portanto, reduzirá o risco de ataque cardíaco e derrame cerebral.
A relação sal e sódio
Cada molécula de sal comum é composta por um átomo de sódio (Na) ligado a um átomo de cloreto (Cl); a designação química é NaCl. Como o cloreto é mais pesado que o sódio, ele contribui mais para o peso da molécula. Mas quando se trata de saúde, é o sódio que conta, seja do sal de cozinha ou de outras fontes, como o bicarbonato de sódio (NaHCO3) ou o glutamato monossódico.
Como o sódio é o que importa, os rótulos dos alimentos listam o conteúdo de sódio, não de sal; é expresso em miligramas (mg) de sódio. A maioria das diretrizes dietéticas atuais também especifica miligramas de sódio, e é a designação usada por esta e muitas outras publicações. Mas algumas informações nutricionais ainda são expressas em miligramas (mg) ou gramas (g) de sal. E para tornar as coisas ainda mais confusas, muitos artigos de pesquisa usam outra unidade, milimoles (mmol).
Miligramas farão bem para a maioria de nós; é complexo o suficiente, especialmente se você não está acostumado com o sistema métrico. Mas se você encontrar a outra terminologia, pode fazer suas próprias conversões usando estes números redondos:
1.000 mg de sódio = 1 g de sódio
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