O vinho pode ter derrubado Império Romano

O Louis Mazzatenta

Sempre quando falamos em vinhos, nós pensamos na nossa saúde. Dessa forma, diversos tipos de pessoas são atraídas pelo vinho. Além disso, também existem diversos tipos de vinho. Por exemplo, o vinho branco, doce, semi-doce e por ai vão os vinhos.

Nós últimos anos, podemos encontrar também vinho em lata. É isso, mesmo vinho em lata. O simbolismo que o vinho representa nos fizeram publicar uma série de posts sobre o assunto. Então, convidamos você a descobrir mais sobre o vinho nos seguintes posts abaixo:

Como o vinho derrubou um império?

Recipiente de chumbo

Ao contrário dos dias atuais, o vinho foi responsável por tragédias na humanidade. Por exemplo, no Império Romano era comum a ingestão de alimentos, especialmente de vinhos contaminados por chumbo (Pb). Bom, essa contaminação por chumbo (Pb) era muito comum na aristocracia amante de vinho.

Então, registros históricos mostram que os hábitos gulosos dos aristocratas romanos, mostrassem o impacto do chumbo em suas dietas. Por exemplo, o Imperador Cláudio tinha fala perturbada, membros fracos, um andar desajeitado, tremores, ataques de riso excessivo e raiva, e ele muitas vezes babava. Dessa forma, esses sintomas são típicos de pessoas contaminadas por chumbo (Pb).

Como ocorria a contaminação do vinho?

A princípio, a contaminação era consequência da fervura lenta do vinho em recipientes feitos ou revestidos com chumbo (Pb). Dessa forma, durante a fervura ocorre a formação do acetato de chumbo (Pb(C2H3O2)2 =  “açúcar do chumbo”) que ajuda na preservação inibindo a ação do crescimento de microrganismos, além de quebrar a acidez do vinho. Após a fervura era formado um xarope espesso, doce, com forte aroma e cor acentuada denominado “sapa” ou defrutum ou, ainda, caroenum.

Os romanos costumavam também preservar seus alimentos, principalmente frutas, com o defrutum. Esse fato levou a hipótese de que o saturnismo tenha sido uma das prováveis causas da queda do Império Romano.

A receita da morte com o chumbo

As receitas dos xaropes para adocicar o vinho tinham concentrações de chumbo (Pb) de 240 a 1.000 miligramas por litro (mg/L). Ou seja, uma colher de chá (5 mL) desse xarope teria sido mais do que suficiente para causar envenenamento crônico por chumbo (Pb).

Quais as evidências históricas da queda do império Romano?

Coliseu Romano

Evidências históricas mostram que a maioria dos imperadores romanos entre 30 A.C. e 220 D.C tinham sintomas de intoxicação crônica por chumbo (Pb). A contaminação coletiva por chumbo em vinho ocorreu na França no final do século XIII. Na província de Poitou ocorreu uma contaminação por chumbo (Pb) no vinho conhecida como Colica Pictonum, A contaminação por causa do tratamento dos vinhos com litargírio (óxido de Pb – PbO), substância usada para adocicar e mascarar a acidez.

Dessa forma, os vinhos ficavam parecidos com os vinhos do Vale do Loire, mais caros e melhores. Na Inglaterra, a classe nobre dos séculos XVIII e XIX foi também contaminada por causa do consumo de vinhos fortificados importados do Porto.

Mas poderia o envenenamento por chumbo derrubar um império inteiro? Alguns pesquisadores questionaram se isso contribuiu para a queda de Roma.

Em 1983, um cientista de pesquisa canadense, Jerome Nriagu, examinou evidências das dietas de 30 imperadores romanos e “usurpadores” que reinaram entre 30 aC e 220 dC Nriagu concluiu que 19 “tinham predileção por comida e vinho contaminados com chumbo” popular na época e provavelmente sofria de envenenamento por chumbo (Pb), bem como uma forma de gota.

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Fonte

Lead Poisoning and Rome

The Washington Post

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